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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Precisa de título?



Achei que me livraria de escrever um texto introdutório, mas parece que não. Disseram-me que era bom fazer, e eu fiz. Eu tenho com o blog um trato de dead line infinito, que ainda não está funcionando muito bem. Mas eu não vou reclamar, porque me deixaram escrever o que eu quiser aqui, até poemas de mulherzinha.

Introduções são perigosas. Se mal escritas, já condenam tudo o que há por vir. Então eu resolvi introduzir sem introduzir. Vou chamar de apresentação, porque eu sou xarope.

Vamos lá.

Eu não tive o “sonho inicial” do Trabuco. Sou uma mera mortal convidada e, figura facinha, aceitei logo. Esse povinho todo, cujos nomes estão ali à direita, conheço bem. Essa patota... É tudo gente com pose de durão e indie, mas coração mole. Somos projétil do mesmo trabuco.

Eu gosto de escrever e é isso. Faço por prazer. Faço na hora que me dá vontade. Por isso meu trato de dead line infinito. Quando escrevo por obrigação, a coisa se torna um porre e não sai nada de aproveitável, nada que se absorva.

Sou jornalista por formação acadêmica, mas não me assumo muito jornalista. Prefiro dizer que sou cronista, poeta... soa mais bonito.

O lance aqui vai ser focar uma realidade desbaratinada, por meio de poemas, perfis, crônicas, falando de arte, metendo o pau ou rasgando seda pra quem eu achar que merece mesmo, e falando de gente. Porque falar de arte me dá sustância e falar de gente me dá barato.

Enfim. Meu texto sou eu nua. É assim que eu argumento, é assim que eu brigo, é assim que eu elogio, é assim, escrevendo, que mostro o que vai dentro desse corpinho mole. Minha palavra escrita é a minha verdade. Quer quiser, que conteste. Atreva-se!

sábado, 6 de novembro de 2010

Bons moços fazendo merda


Como já disse o Tião (Diego Assunção), no post inaugural dessa bagaça, esse é um projeto antigo. Iniciado nos bancos da faculdade. Agora, após muitas deformações estamos aqui.

Uma de nossas motivações para o início da ideia, ainda na faculdade, foi a grande bundamolice que assola os cursos de jornalismo por aí. Para muitos, acadêmico de jornalismo é sinônimo de porre, infelizmente não no sentido da cachaça, e sim da chatice mesmo. Cheios de “pseudices”, pseudo-engajamento, pseudo-rebeldia, pseudo-intelectualismo entre outros. É claro que isso não é geral, mas entre perdidos, chatos e desencanados sobram poucos.

Não há nada mais sacal do que ouvir aqueles comentários cheios de pompa do tipo: “Só ouço MPB e só assisto filme europeu, Hollywood é comercial”, é de cagar. Melhor que vá ouvir o rebolation, pelo menos (se for homem) não vai conseguir pensar em nada além de bundas sacolejando.

Esse pedantismo tem que ser banido da humanidade, quem sabe assim um jornalismo diferente vingue, e assim acabe essa palhaçada de “vai cair o diploma, não vai mais” parece até narração de quadrilha (a da festa junina, não a do crime).

A generalização é obvia. A intenção desse blog/site/depósito de dejetos, não é ser uma afronta ao jornalismo estabelecido, afinal quem quiser continuar fazendo merda, que continue. É na verdade uma tentativa de canalizar algo que criamos ou imaginamos, ou ainda que queremos retratar ou noticiar de forma não-convencional.

Buscamos com esse projeto, (sim, é um projeto, mesmo sem objetivos gerais, específicos, hipótese e justificativa bem definidos) exatamente mostrar que às vezes o garçom do boteco copo sujo é mais genial que o Alberto Dines, ou ainda que não adianta ter decorado a declaração dos direitos humanos se você nunca gritou Hey Ho, Let´s Go ao menos uma vez na vida.

O tom, por vezes um pouco agressivo, soando até maldoso, garanto que é dotado das melhores intenções possíveis. Ricardo Alexandre, ex-editor da Bizz disse certa vez que o saudável de uma crítica é, depois de espinafrar determinado trabalho, ir tomar um café com o artista autor do objeto comentado. Ou ainda o André Forastieri dizendo que para pagar pau já existe o fã, o crítico tem que apontar tudo. Algo assim.


Eu e o Tião, por meio de conversas de MSN e lanches do Gulosão (o lanche mais absurdo de Araçatuba), resolvemos colocar o negócio para funcionar dessa forma, pelo blog, mas a galera presente no início do projeto já está se manifestando, ou seja, teremos textos de um povo bem foda por aqui.

Não pense que esse papo de cowboy durão metendo o pé em porta de saloon é tão a sério assim, até somos bem sensíveis, até meio bobos, pra não dizer bocós (agora falo por mim). O importante é que estamos fazendo o que queremos, tão revolucionários quanto o Marcos Mion, e foda-se o resto. Do it Yourself.



Ps: agradecimentos ao Alex Guru, que fez esse layout massa, com a capa do Beggars Banquet dos Stones.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Uma introdução


Se este blog inaugura neste fatídico dia, isso é um sinal que nós perdemos um bocado das ambições e megalomania. Quando digo nós, estou mesmo afirmando que se trata aqui de um projeto coletivo. Camaradas, membros de gangue, patota ou simplesmente desocupados. Chamem-nos do que quiser, we don’t care.

Pois vamos lá: a idéia para o blog é coisa antiga. Pra contextualizar vale exaltar que é um plano que ronda nossas cabeças desde quando ainda freqüentávamos uma faculdade. Sim, somos diplomados. Em jornalismo. Grande bosta.

O projeto inicial era bolar um site com cara de fanzine. Espaço esse que seria para exercitar uma escrita livre. Sem as regras dos manuais de redação. Sem a pressão de seguir pautas encomendadas por terceiros ou superiores. E sem a obrigação de seguir a abominável formatação acadêmica.

O negócio seria uma maneira de manter algum grau de espontaneidade, integridade e, por que não, inteligência. Ou seja, uma resistência de nossos próprios estilos. O nome sugerido para essa balbúrdia seria o famigerado “Culto e grosso”. Nem me lembro quem descolou isso, mas o projeto acabou não vingando.

Dois anos depois viria a idéia “visionária” para outro site: “O Trabuco”. Esse daí nasceu bastante pretensioso, já que contaria com uma equipe de pelo menos sete colunistas que se comprometeriam a mandar um texto por semana ao ponto de possibilitar uma atualização diária do dito-cujo.

“O Trabuco” tinha uma idéia muito agradável, que era praticar uma forma de jornalismo que certamente no fim das contas não seria considerada sob hipótese alguma como prática de uma atividade tão nobre.

Seria um anti-jornalismo. Uma misturada louca de revista Mad com Nelson Rodrigues. Algo como entregar uma caneta e um papel para o Pica-pau do desenho animado, tresloucado, escrever suas impressões do mundo.

A verdade é que esse projeto também desandou. E sabíamos que seria quase impossível dar certo com esse grau de comprometimento. Principalmente quando boa parte dos integrantes teria que dividir o tempo para colaborar com o site entre outros trampos, limpar fraldas da criançada, fugir da polícia, etc.

Assim chegamos a esse blog. Se perdemos parte da ambição, aquela de atualizar o sítio diariamente, não perdemos o tesão de procurar escrever com tesão sobre coisas que nos é importante.

E, já adianto, nosso critério de importância está anos-luz de distância dos temas que atraem os principais noticiários televisivos do país. A política aqui é mais ou menos a seguinte: o nada é tudo e o tudo é nada, ou seja, qualquer merda pode se tornar uma pauta importante ao mesmo tempo em que qualquer grande pauta pode se tornar uma grande merda.

De site com atualização diária o projeto se tornou um blog. Do nome “O Trabuco” aderimos ao derivado “Trabucada”. O mais importante, caros, é que finalmente tiramos o coelho da cartola.

O que se seguirá a esse post inaugural, não ainda sabemos ao certo. Nem temos ainda os nomes fixos de colaboradores. Pretendemos contar com todos aqueles que um dia confiaram que “O Trabuco” iria existir mais até do que acreditaram no papai Noel quando tinham cinco anos.

Como até hoje não aprendi a encerrar um texto com classe, fica aqui um final em aberto ao estilo encerramento de capítulo de qualquer seriado enlatado televisivo. To be continued...