Se este blog inaugura neste fatídico dia, isso é um sinal que nós perdemos um bocado das ambições e megalomania. Quando digo nós, estou mesmo afirmando que se trata aqui de um projeto coletivo. Camaradas, membros de gangue, patota ou simplesmente desocupados. Chamem-nos do que quiser, we don’t care.
Pois vamos lá: a idéia para o blog é coisa antiga. Pra contextualizar vale exaltar que é um plano que ronda nossas cabeças desde quando ainda freqüentávamos uma faculdade. Sim, somos diplomados. Em jornalismo. Grande bosta.
O projeto inicial era bolar um site com cara de fanzine. Espaço esse que seria para exercitar uma escrita livre. Sem as regras dos manuais de redação. Sem a pressão de seguir pautas encomendadas por terceiros ou superiores. E sem a obrigação de seguir a abominável formatação acadêmica.
O negócio seria uma maneira de manter algum grau de espontaneidade, integridade e, por que não, inteligência. Ou seja, uma resistência de nossos próprios estilos. O nome sugerido para essa balbúrdia seria o famigerado “Culto e grosso”. Nem me lembro quem descolou isso, mas o projeto acabou não vingando.
Dois anos depois viria a idéia “visionária” para outro site: “O Trabuco”. Esse daí nasceu bastante pretensioso, já que contaria com uma equipe de pelo menos sete colunistas que se comprometeriam a mandar um texto por semana ao ponto de possibilitar uma atualização diária do dito-cujo.
“O Trabuco” tinha uma idéia muito agradável, que era praticar uma forma de jornalismo que certamente no fim das contas não seria considerada sob hipótese alguma como prática de uma atividade tão nobre.
Seria um anti-jornalismo. Uma misturada louca de revista Mad com Nelson Rodrigues. Algo como entregar uma caneta e um papel para o Pica-pau do desenho animado, tresloucado, escrever suas impressões do mundo.
A verdade é que esse projeto também desandou. E sabíamos que seria quase impossível dar certo com esse grau de comprometimento. Principalmente quando boa parte dos integrantes teria que dividir o tempo para colaborar com o site entre outros trampos, limpar fraldas da criançada, fugir da polícia, etc.
Assim chegamos a esse blog. Se perdemos parte da ambição, aquela de atualizar o sítio diariamente, não perdemos o tesão de procurar escrever com tesão sobre coisas que nos é importante.
E, já adianto, nosso critério de importância está anos-luz de distância dos temas que atraem os principais noticiários televisivos do país. A política aqui é mais ou menos a seguinte: o nada é tudo e o tudo é nada, ou seja, qualquer merda pode se tornar uma pauta importante ao mesmo tempo em que qualquer grande pauta pode se tornar uma grande merda.
De site com atualização diária o projeto se tornou um blog. Do nome “O Trabuco” aderimos ao derivado “Trabucada”. O mais importante, caros, é que finalmente tiramos o coelho da cartola.
O que se seguirá a esse post inaugural, não ainda sabemos ao certo. Nem temos ainda os nomes fixos de colaboradores. Pretendemos contar com todos aqueles que um dia confiaram que “O Trabuco” iria existir mais até do que acreditaram no papai Noel quando tinham cinco anos.
Como até hoje não aprendi a encerrar um texto com classe, fica aqui um final em aberto ao estilo encerramento de capítulo de qualquer seriado enlatado televisivo. To be continued...
5 comentários:
Sim, este blog é a cara de meus amigos Du e Tião! Ado-rei. Agora só precisa ser atualizado sempre. Aceitam sugestões de temas??
Beijo
Manu, pretendemos atualizar com freqüência. Mas há sempre uma distância entre vontade e a concretização dela.
Garanto ao menos que o blog não vai morrer antes de ter uma dúzia de textos razoáveis e divertidos.
No mais, aceitamos sugestões. Pode mandar as suas. Beijo.
Escrever, escrever, escrever...
Com fórmulas ou sem, que bom que vocês não desistiram.
Vocês são uns trabucossss...rs.
Tião Bukowski, belas palavras!
Muito Original o Nome muito legal
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