sábado, 6 de novembro de 2010

Bons moços fazendo merda


Como já disse o Tião (Diego Assunção), no post inaugural dessa bagaça, esse é um projeto antigo. Iniciado nos bancos da faculdade. Agora, após muitas deformações estamos aqui.

Uma de nossas motivações para o início da ideia, ainda na faculdade, foi a grande bundamolice que assola os cursos de jornalismo por aí. Para muitos, acadêmico de jornalismo é sinônimo de porre, infelizmente não no sentido da cachaça, e sim da chatice mesmo. Cheios de “pseudices”, pseudo-engajamento, pseudo-rebeldia, pseudo-intelectualismo entre outros. É claro que isso não é geral, mas entre perdidos, chatos e desencanados sobram poucos.

Não há nada mais sacal do que ouvir aqueles comentários cheios de pompa do tipo: “Só ouço MPB e só assisto filme europeu, Hollywood é comercial”, é de cagar. Melhor que vá ouvir o rebolation, pelo menos (se for homem) não vai conseguir pensar em nada além de bundas sacolejando.

Esse pedantismo tem que ser banido da humanidade, quem sabe assim um jornalismo diferente vingue, e assim acabe essa palhaçada de “vai cair o diploma, não vai mais” parece até narração de quadrilha (a da festa junina, não a do crime).

A generalização é obvia. A intenção desse blog/site/depósito de dejetos, não é ser uma afronta ao jornalismo estabelecido, afinal quem quiser continuar fazendo merda, que continue. É na verdade uma tentativa de canalizar algo que criamos ou imaginamos, ou ainda que queremos retratar ou noticiar de forma não-convencional.

Buscamos com esse projeto, (sim, é um projeto, mesmo sem objetivos gerais, específicos, hipótese e justificativa bem definidos) exatamente mostrar que às vezes o garçom do boteco copo sujo é mais genial que o Alberto Dines, ou ainda que não adianta ter decorado a declaração dos direitos humanos se você nunca gritou Hey Ho, Let´s Go ao menos uma vez na vida.

O tom, por vezes um pouco agressivo, soando até maldoso, garanto que é dotado das melhores intenções possíveis. Ricardo Alexandre, ex-editor da Bizz disse certa vez que o saudável de uma crítica é, depois de espinafrar determinado trabalho, ir tomar um café com o artista autor do objeto comentado. Ou ainda o André Forastieri dizendo que para pagar pau já existe o fã, o crítico tem que apontar tudo. Algo assim.


Eu e o Tião, por meio de conversas de MSN e lanches do Gulosão (o lanche mais absurdo de Araçatuba), resolvemos colocar o negócio para funcionar dessa forma, pelo blog, mas a galera presente no início do projeto já está se manifestando, ou seja, teremos textos de um povo bem foda por aqui.

Não pense que esse papo de cowboy durão metendo o pé em porta de saloon é tão a sério assim, até somos bem sensíveis, até meio bobos, pra não dizer bocós (agora falo por mim). O importante é que estamos fazendo o que queremos, tão revolucionários quanto o Marcos Mion, e foda-se o resto. Do it Yourself.



Ps: agradecimentos ao Alex Guru, que fez esse layout massa, com a capa do Beggars Banquet dos Stones.

3 comentários:

Diego Assunção disse...

Tirando a comparação com o Marcos Mion (vou pensá-la somente como piada), o texto do Eduardo é preciso sobre as intenções.

Como sou educado pra burro, nem mencionei o trampo do Guru. Enfim, sigo a política de boa vizinhança do Eduardo e digo: "Valeu Guru, que a Dilma lhe pague".

Bia Longhini disse...

ai sim! agora gostei de ver... tomara que o blog vá pra frente mesmo, pq tava na hora né? vou ficar esperando o próximo texto. Até lá!

Manu disse...

Alex Guru está de parabéns mesmo. Mas o blog de uma forma geral também. Uma dúvida: sou pseudo-alguma-coisa??? kkkkkkkkkkk Mas sou chata!
Beijo