sábado, 11 de junho de 2011

Especial "Dia Dos Namorados" Lado A - Diego Assunção


Fazer uma lista de “canções de amor” é sempre uma tarefa árdua. São tantas inesquecíveis. Poderia apelar para as mais célebres e infalíveis. Sinatra, Ella Fitzgerald os Beatles, Roberto Carlos? Sim, é verdade. Mas preferi seguir por outro caminho. Assim, não espere um pingo de racionalidade ou coerência. O critério usado foi a total ausência de critério. Método questionável, hein? De cara, digo que as escolhas são aleatórias, resultantes de uma fraca memória, uma preguiça extrema e um subjetivismo confesso... Todos ingredientes que levam a discórdia. Então, vamos lá:


Cat Stevens – How Can I Tell You

Ele já cantou sobre a fé, pais e filhos, o vento... Sobre o amor, esse sentimento indizível, Cat Stevens não poderia ter sido mais preciso: “Como eu posso te dizer que eu amo você/ Eu amo você, mas não consigo pensar nas palavras certas para dizer”. Versos assim são o suficiente.




Leonard Cohen – I’m Your Man

Com essa canção, Leonard Cohen tenta provar que faria tudo para conquistar a mulher amada. “Se quer um boxeador, entro num ringue por você/ Se quer um médico, eu examino cada centímetro seu”, professa antes de se ajoelhar, implorar e pedir pelo amor que parece hesitar. Com senso de humor aliado à tragédia, o trovador canadense afirma aquilo que ninguém ousa desmentir: não há limites para o amor.



Solomon Burke – If You Need Me

Eis aqui uma daquelas músicas que o artista parece ter feito com o objetivo de reconquistar um amor perdido. A voz de Solomon Burke e a intensidade – sempre a plenos pulmões - com que ele se põe a cantar é a mais perfeita representação de quão devoto deve ser aquele ser que ama. Mais do que cantar, Burke clama. A isso denominamos uma música de amor.



Frankie Valli & The Four Seasons – My Eyes Adored You

Não poderia faltar na lista um cânone do gênero. Da mesma trupe do Frankie Valli, muitos prefeririam escolher o óbvio, como a música de todos os casamentos “Can’t Take My Eyes Off You”. Eu fico com essa, a canção síntese do amor platônico. O músico canta e relembra o amor inocente da infância, por aquela garota que amava só de olhar e nunca teve a chance de tocar. Cafona? Pode ser. A beleza do amor, às vezes, está em sua cafonice inerente. Item indispensável, portanto.



The Rolling Stones - Let’s Spend the Night Together

Eis aqui o máximo de romantismo que podemos encontrar numa música de Jagger-Richards. Um chamado à chincha ao amor. Amor pela ótica do rock n’ roll. Ou seja, apelando ao que ele tem de mais fugaz, insano e inconseqüente. Pode até parecer uma contradição, mas é nisso que Jagger e companhia acreditam: guiar-se pelos instintos, buscar o prazer. Chame isto de amor, paixão, sexo... São palavras ao vento. Não importa o nome que se dê a isso, mas sim o sentimento contido e a maneira como se consegue expressá-lo (geralmente guiado pelos habituais “na na nas” do vocalista).

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