domingo, 19 de dezembro de 2010

Isso não é uma autobiografia


Mulher moderninha não casa nem com reza braba. Primeiro porque hoje encontrar um solteiro hétero já é uma missão impossível. Segundo, porque a “mulher moderna” assusta o homem hétero.

A mulher se modernizou. Pode comandar a família, pode reduzir rugas e marcas de expressão com cosméticos, pode se sustentar sozinha, pode sair de casa e voltar no horário em que quiser, pode usar mini saia. (Dizem que podemos tudo isso).

O homem não evolui (deixem eu generalizar e ser feliz). Na verdade, o único homem que evolui é o gay. Meus amigos gays são todos educados, bonitos e bem vestidos. Mas não me comem. Resumindo: precisamos de um ogro em nossas vidas, se quisermos ficar com a pele boa.

No meio dessa nova era feminina, ainda há as mulheres tradicionais (casa, marido, filhos, trabalho, igreja) e as mulheres, digamos, de vanguarda. São aquelas que escutam música independente, têm cabelos rebeldes, roupas criativas e trabalhos descolados.

Mas, quem faz o gênero “Yes! We can do it!”, tá ferrada. Mulher mandona e muito eficiente tem sérios problemas pra laçar um bofe. Os machos gostam de estar no controle da situação, instintivamente. Porém, no fundo, instintivamente, a gente também gosta de ficar debaixo de um bração forte, não pra dar na nossa cara, mas pra fazer carinho. Mas somos orgulhosas demais pra admitir isso.

Pra assustar um homem, a “mulherzinha que se diz alternativa” não precisa querer casar.
De olhar pra ela, o homem já estremece (de medo). Nem namorado ela consegue mais.

Amiga, corre pra Marisa pra comprar um trapo que todo mundo tem igual, e corre pra fazer uma chapinha nessa juba. Finja que precisa de um homem pra te sustentar, finja que prefere que ele fique por cima. E vamos parando de sonhar com príncipe encantado! Aceita qualquer brucutu que tome pelo menos um banho por dia e não queira usar seus vestidos. Se ele não falar “pobrema”, melhor ainda.

Enfim, tem gente que acha que dá menos trabalho ficar sozinha... Tecnologia taí pra auxiliar. Ou não.

Bom, agora chega. Já queimei meu filme, escrevendo igual uma porra-louca. Partes de mim se encaixam no perfil de mulher moderninha. Tudo bem que o tradicionalismo de boa moça às vezes se mostra, mas nunca basta. Já era. Vou no boteco beber com meus amigos gays. Pelo menos eles me elogiam: “Ui, gata, arrasou!”.


Obs.: Alguns homens vão cair de pau em cima de mim, e não é no bom sentido. Há!

13 comentários:

Anônimo disse...

Talita, você SABE que isto tem muito mais da nossa sexta (e devo dizer que uma metade pessoalmente da minha sexta) do que do seu sábado! kkkk...tão atual pro meu findi este texto! Mas, vamos combinar que ainda existem os raros e bons meninos [suspiros..rs..] beijos

Talita Rustichelli disse...

Amandinha, amiga minha...rs... Esse texto foi escrito semana retrasada. É quase uma premonição né? kkkkkkk... Mas se eu fosse escrevê-lo hoje, seria um pouco mais "intensa", se é que vc me entende...rs (fruto da sexta e do sábado)...

Anônimo disse...

Senhor...é uma profecia das bandidas ainda! choquei! nosso passeio às lojas, nossos diálogos, meus casos que vc quer publicar, tudo isto estava previsto! rs..bjs

Diego Assunção disse...

Comentário rápido pra exercitar o bom e velho sexismo de boteco: eu já disse que acho as mulheres moderninhas um saco?

Bia Longhini disse...

Concordo em gênero, número e grau. Você vê como estamos certas, só de ler o comentário do Tião! hahaha

Talita Rustichelli disse...

Bia, o Tião ta tentando passar atestado de macheza... Ele não quer ser confundido com meus amigos gays...rs

Diego Assunção disse...

Sutiãs foram queimados em prol da igualdade entre os sexos - o que já é um absurdo, se tratando precisamente de sexos opostos, oras -, para, no final, as mulheres serem tão modernas ao ponto de não aprenderem ainda a abrir a porta de um carro por conta própria?

Ok, vamos falar de mulheres modernas. Esses seres tão reais quanto os duendes, que só existem nos filmes do Russ Meyer...

HAHAHA

Disciplina de Radiojornalismo disse...

Se a gente começar a falar disso pra valer aqui, esse post vai passar dos 50 comentários hein :P

Portanto, vou lançar um desafio... só posto minha opinião quando o texto passar dos 15 comentários.

Huahhuaauhahuauh

Diego Assunção disse...

Se um assunto tedioso como política rende 25 comentários, acho que as mulheres merecem ao menos uns 100.

Mas antes disso, aguardo até o décimo sexto comentário pra ler o que o Clemerson tem pra dizer sobre a questão.

Diego disse...

Vou dar minha contribuição comentando este tópico. Quem sabe chegando rapidamente aos 15, não teremos a opinião do Mestre.

O problema da modernidade feminina é até onde ela vai. Quando imaginamos que temos ao nosso lado a mulher moderna, ela volta ao tempo das cavernas, e vice-versa. A indecisão é que é o ponto-chave da questão.

Márcio Anix disse...

A questão é, a mulher quer se modernizar demais, e esquece de mostrar para o homem o que mais lhe interessa. A partir do momento que cada gênero souber para que serve seu órgão sexual, o problema estará resolvido, e tudo se encaixará num frenético vai e vem.

Eduardo Martinez disse...

penso que estamos falando de dois estereótipos diferentes: a mulher "descolada" e a mulher "independente". Não sei se esses são os termos mais adequados. A primeira, se sua atitude for natural, acho que até ajuda na aproximação masculina, mas se for forçada (e como existem minas assim...) só atrairá caras tão fake quanto ela. A segunda já é mais complicada, é o modelo de mulher bem sucedida. Em alguns casos ela é tão independente que parece que se ceder a qualquer homem estará se rebaixando, aí a coisa fode, ou melhor, não fode.

Obs: Márcio Anix = GÊNIO

Renata disse...

Me vi nesse texto, nao sei porque..rsss! Não vou nem ler os coments dos amigos acima pois já os conheço e imagino o nível da discussão...

Arrasouuu Talita!

Beijosss