E de repente você se vê cercado de idiotas. Os idiotas te adoram, adoram conversar com você, e como você é um ser compreensivo e raramente trata mal as pessoas, o dia em que o capeta belisca sua bunda e você resolve soltar o verbo, eles pensam apenas: coitado, deve estar num dia ruim. E não largam do seu pé. Nunca.
E você não agüenta mais aquele papinho insistente de hoje eu comi macarrão no almoço ou amanhã tenho que lavar a moto ou fui no salão ontem fazer a unha ou tô passando por dificuldade financeira ou preciso de um sapato novo ou dei tanto que tá doendo ou você viu só o Ronaldinho? Não! Não vi porra de Ronaldinho, você responderia. Ao contrário, a cortesia lhe consome, e você diz serenamente, mas com aquela vontade de socar um: é, vi sim, legal, né?
Então você começa a utilizar a técnica do “abstrair”. Entra em transe (ou finge que entra) quando os idiotas falam com você. Porque, de tanto os idiotas te procurarem, às vezes você fica em conflito, pensando se não seria idiota também. Então resolve dar um basta. Mas não resolve. O fio do desconfiômetro dos idiotas está sempre fora da tomada. E, como você é compreensivo, eles querem retribuir. Deixa ele, ele está ocupado agora... depois eu falo.
Aí você está num bar dançando com os amigos e vem aquela pessoa esquisita conversar com você. Toda vez. E você foge. Sempre. Porque a pessoa idiota te tira realmente do sério. Ódio salta pelos olhos. Mas ao invés de mandar pro inferno, o que você faz? Apenas se esconde. Finge que está bêbado e que vai vomitar no banheiro e foge, vaza dali. Só que de nada adianta. Porque no outro final de semana lá está você na mesma situação.
Depois de ter passado por aula de tai-chi-chuan e yoga, você resolve dar um salto. E xinga todo mundo, fica nervoso, manda pra puta que pariu, fala que vai dar murro, chute. E os idiotas ficam pasmos. Credo, como ele foi capaz disso? Esse não é o fulano que eu conheço. E você tem a chance da sua vida: mandar pra porra mesmo, dizer que não agüenta mais tanta idiotice. E o que você faz? Pede desculpa.
E o círculo vicioso da idiotice persiste. Você merece mesmo.
E você não agüenta mais aquele papinho insistente de hoje eu comi macarrão no almoço ou amanhã tenho que lavar a moto ou fui no salão ontem fazer a unha ou tô passando por dificuldade financeira ou preciso de um sapato novo ou dei tanto que tá doendo ou você viu só o Ronaldinho? Não! Não vi porra de Ronaldinho, você responderia. Ao contrário, a cortesia lhe consome, e você diz serenamente, mas com aquela vontade de socar um: é, vi sim, legal, né?
Então você começa a utilizar a técnica do “abstrair”. Entra em transe (ou finge que entra) quando os idiotas falam com você. Porque, de tanto os idiotas te procurarem, às vezes você fica em conflito, pensando se não seria idiota também. Então resolve dar um basta. Mas não resolve. O fio do desconfiômetro dos idiotas está sempre fora da tomada. E, como você é compreensivo, eles querem retribuir. Deixa ele, ele está ocupado agora... depois eu falo.
Aí você está num bar dançando com os amigos e vem aquela pessoa esquisita conversar com você. Toda vez. E você foge. Sempre. Porque a pessoa idiota te tira realmente do sério. Ódio salta pelos olhos. Mas ao invés de mandar pro inferno, o que você faz? Apenas se esconde. Finge que está bêbado e que vai vomitar no banheiro e foge, vaza dali. Só que de nada adianta. Porque no outro final de semana lá está você na mesma situação.
Depois de ter passado por aula de tai-chi-chuan e yoga, você resolve dar um salto. E xinga todo mundo, fica nervoso, manda pra puta que pariu, fala que vai dar murro, chute. E os idiotas ficam pasmos. Credo, como ele foi capaz disso? Esse não é o fulano que eu conheço. E você tem a chance da sua vida: mandar pra porra mesmo, dizer que não agüenta mais tanta idiotice. E o que você faz? Pede desculpa.
E o círculo vicioso da idiotice persiste. Você merece mesmo.